Wednesday, December 28, 2016

Terapia metafórica: "Caçando vultos" (parte 9)

Apresentação da paciente:
A paciente me procurou depois de algumas sessões frustrantes com EMDR clássico. Ela pareceu muito confusa e aflita em relação à sua vida profissional. Ela se sentia culpada por achar que estava desobedecendo a vontade de Deus de ser missionária. Ela sentia muito medo do diabo e relatou que fez parte de uma seita religiosa. A paciente contou que estava muito ligada ao seu pai que fazia tudo o que ela pedia. Ela sempre convivia com gente muito pobre, se sentindo culpada por ter mais condições. Ela se sentia obrigada de ajudar pessoas com problemas, sempre querendo pagar. A paciente se queixou de enxaquecas frequentes.

Ilustração: Filipe E. da Silva

Nona sessão
A paciente está focando no seu relacionamento não resolvido com D. Ela experimenta um turbilhão de sentimentos, enquanto ela está fugindo do vulto grande. Ele a segura nos seus braços e não a deixa ir. Ela diz para ele que quer ficar sozinha, se sentindo sufocada e passiva. Ele a amarra junto com ele e a arrasta pelo chão.  Ela senta no colo dele e quer cuidar dele. Ele transforma num urso. Ela transforma numa cachorra, fugindo, atropelada e mancando. Ela está apavorada, correndo desesperadamente, procurando uma saída da cidade. Ela chega na cidade onde atualmente mora, se sentindo segura. Ele tenta pegá-lá. Ela anda num carrinho, evitando pedras grandes no caminho. Ela está chorando. Ele transforma num monstro de pedra, que a carrega de volta para a cidade onde tudo aconteceu. Ela está tentando fugir, preferindo a morte do que uma confrontação. O monstro tenta ajudar. Ela pula dentro de mato cheio de vermes. O monstro está a limpando. A paciente se sente presa. O monstro a deita numa cama branca e a consola. Ela está mostrando para ele as suas feridas. D. aparece. A paciente sente um desespero terrível. Ele a põe numa Ferrari. A paciente sente que precisa resolver a situação. Um anjo a põe no teto do carro. Ela foge do anjo desconfiada. D. a amarra no carro e a arrasta pelo asfalto, esfolando ela. Ela está sangrando. Ele a joga contra a parede com raiva, se aproveitando sexualmente dela. Ela está quase desmaiando, implorando para ele. "Tu és minha escrava!“ Ele a trata muito mal. Ela o pega com pouca força. Ele não para o carro. Ela está agarrando nele no carro enquanto que ele dirige sem destino. Eles passam por vários lugares. Ela está muito fraca. „Eu vou para onde tu vais!“ Não adianta correr. "Tu és o meu brinquedo!“ De repente a paciente se vê correndo, ficando mais forte, saindo da floresta e atirando nele. Ele está no chão. Ela mata toda família dele. Ela acaba com ele. Ele está muito fraco. Agora ele merece pena. Ela engole dois vultos. Ele está caido no chão sangrando. A maldade dele confronta com ela. Ela devolve a maldade dele matando o pai dele. Ela monta um show para todos. Ela o amarra com um anel e arranca o seu coração. A cena é muito nojenta. Ela o come e o defeca e depois o come de novo para garantir que ele não sobrevive. Ela está absorvendo a força dele. "Você me deixou mais forte!“ Matando pessoas que ela desgosta, ela se aproxima da casa do seu irmão.

Continue lendo a décima sessão semana que vem! 

Thursday, December 22, 2016

Terapia metafórica: "Caçando vultos" (parte 8)

Apresentação da paciente:
A paciente me procurou depois de algumas sessões frustrantes com EMDR clássico. Ela pareceu muito confusa e aflita em relação à sua vida profissional. Ela se sentia culpada por achar que estava desobedecendo a vontade de Deus de ser missionária. Ela sentia muito medo do diabo e relatou que fez parte de uma seita religiosa. A paciente contou que estava muito ligada ao seu pai que fazia tudo o que ela pedia. Ela sempre convivia com gente muito pobre, se sentindo culpada por ter mais condições. Ela se sentia obrigada de ajudar pessoas com problemas, sempre querendo pagar. A paciente se queixou de enxaquecas frequentes.

Ilustração: Filipe E. da Silva

Oitava sessão
Quando a paciente volta para o apartamento, ela acha um vulto jovem e querido. Ela está rindo e brincando com ele. O vulto sai e ela o segue. Na escada ela acha muitos vultos. Eles a pegam e a amarram. O vulto querido está com raiva. Ele a arrasta pela rua gritando:“Você não está assim!“ Ela usa uniforme de escola. Seguindo o vulto ela é atropelada por um carro. Ele está a rejeitando. A paciente me conta que ela namorou com ele por seis anos. O vulto transforma em D., seu ex-namorado. Ela o chama de volta. Ela foi atropelada e está muito machucada. Ela cai numa boca de lobo. Ele a tira da boca de lobo e a abraça. A paciente se sente muito confusa. Ela se sente atropelada e percebe uma atração forte por ele.

Continue lendo a nona sessão semana que vem! 

Thursday, December 15, 2016

Terapia metafórica: "Caçando vultos" (parte 7)

Apresentação da paciente:
A paciente me procurou depois de algumas sessões frustrantes com EMDR clássico. Ela pareceu muito confusa e aflita em relação à sua vida profissional. Ela se sentia culpada por achar que estava desobedecendo a vontade de Deus de ser missionária. Ela sentia muito medo do diabo e relatou que fez parte de uma seita religiosa. A paciente contou que estava muito ligada ao seu pai que fazia tudo o que ela pedia. Ela sempre convivia com gente muito pobre, se sentindo culpada por ter mais condições. Ela se sentia obrigada de ajudar pessoas com problemas, sempre querendo pagar. A paciente se queixou de enxaquecas frequentes.

Ilustração: Filipe E. da Silva
Setima sessão
Nós retornamos mais uma vez para a quarta casa para ver se está limpa. A paciente se vê como moça adolescente em pé fora da casa. Ela entra no terreno e encontra um pula-pula no jardim. O urso pula junto com ela. Uma mão pega ela. Ela voa no ar. A cozinha está limpa. As outras peças da casa estão cheias de vermes. Ela entra e chama o urso que traz um extinctor. Os vermes estão quebrando. O quarto da mãe está cheio de vermes que estão quebrando. O urso está feliz. O guarda-roupa também está cheio de vermes. Ela pede a Deus jogar água benta para prevenir a volta dos vermes. Ela deixa a casa para trás. Seu irmão morava lá. Deus quebra a casa com a sua mão. Um pitbull está brincando com ela. Ele foi sacrificado. Ela está na piscina, brincando com ele. Seus avós estão com ela. A paciente se sente bem. Ela monta um cavalo branco e se despede da casa. Seus avós estão na casa. Ela pede para Deus proteger a casa. A paciente chega numa favela e vê pessoas enterradas em areia movediça enquanto está passando de cavalo. Ela se vê afundando na areia movediça junto com eles. Uma mão a puxa e dá um tapa no cavalo para galopar. Um menino monta com ela no mesmo cavalo. Ele a leva para o seu apartamento e a coloca no chão. A paciente vê um vulto grande em cima dela dizendo que o apartamento é dele. Ela vai para o quarto e acha os pais trancados. Ela cresce na forma de uma mulher e engole o vulto. Ela acha outro vulto no banheiro e o engole também. Ela tenta sufocar o  vulto dentro dela, tentando proteger os pais no quarto. Ela absorve o vulto dentro dela e engole mais uns vultos pequenos. Ela senta em frente do computador ouvindo uma música que ela ouviu muito nesse apartamento. Ela lembra do tempo que ela começou frequentar a igreja junto com os seus pais. Ela se sente bem, sentada na mesa de jantar, ouvindo a música.

Interpretação:
A paciente encontra paz com Deus e seus pais. Voltando mentalmente para as suas moradias antigas, ela se livra de memórias desagradáveis. Deus e outras forças sobrenaturais se tornam aliados na sua faxina emocional. Ela está mais forte e tem recursos para lutar contra as forças malignas.

Na semana que vem vou lançar a oitava sessão da paciente! 

Saturday, December 10, 2016

Terapia metafórica: "Caçando vultos" (parte 6)

Apresentação da paciente:
A paciente me procurou depois de algumas sessões frustrantes com EMDR clássico. Ela pareceu muito confusa e aflita em relação à sua vida profissional. Ela se sentia culpada por achar que estava desobedecendo a vontade de Deus de ser missionária. Ela sentia muito medo do diabo e relatou que fez parte de uma seita religiosa. A paciente contou que estava muito ligada ao seu pai que fazia tudo o que ela pedia. Ela sempre convivia com gente muito pobre, se sentindo culpada por ter mais condições. Ela se sentia obrigada de ajudar pessoas com problemas, sempre querendo pagar. A paciente se queixou de enxaquecas frequentes.

Ilustração: Filipe E. da Silva

Sexta sessão
A paciente me conta que ela não se sente protegida pelo marido. O seu pai resolve tudo. Ele é sua referência de segurança e ela tem medo de perdê-lo. Nós voltamos para a sua quarta casa. Ela se vê fora da casa. Ela entra na casa, mas o urso grande a manda sair. Ela corre pelada na rua, carregando suas roupas e pedindo ajuda. O urso quer levá-la de volta. Ela se esconde na casa da frente num quarto escuro. Ela tem uma sensação ruim. Ele agarra no cabelo dela e a leva de volta. Um homem apunhala sua vagina com uma faca, torcendo a faca. Ela não quer saber quem está atrás da máscara. É seu irmão. O urso está a protegendo. Ela come o seu irmão e o expulsa pelas fezes. Depois ela sai pelada, sentada nos ombros do urso. Ela entra na sala e expulsa o monstro. Ela sai da casa e fica na calçada. Ela entra de novo na casa como monstro e encontra a sua mãe na cama parecendo morta. Um vulto fecha a porta. A paciente transforma num homem. A casa está cheia de bichos. Seu pai está na cozinha, chorando. A paciente se sente frustrada. Ela cresce e pede ajuda. Um vulto branco está limpando tudo. A mãe da paciente transforma numa criança. O quarto está cheio de moscas. Um vento branco está limpando. A paciente se sente feliz e agradece o Senhor. Ela se vê como homem com o pinto de fora.

Continue lendo a sétima sessão semana que vem! 

Sunday, December 4, 2016

Terapia metafórica: "Caçando vultos" (parte 5)

Apresentação da paciente:
A paciente me procurou depois de algumas sessões frustrantes com EMDR clássico. Ela pareceu muito confusa e aflita em relação à sua vida profissional. Ela se sentia culpada por achar que estava desobedecendo a vontade de Deus de ser missionária. Ela sentia muito medo do diabo e relatou que fez parte de uma seita religiosa. A paciente contou que estava muito ligada ao seu pai que fazia tudo o que ela pedia. Ela sempre convivia com gente muito pobre, se sentindo culpada por ter mais condições. Ela se sentia obrigada de ajudar pessoas com problemas, sempre querendo pagar. A paciente se queixou de enxaquecas frequentes.

Ilustração: Filipe E. da Silva

Quinta sessão 
A paciente me contou no início da sessão da sua dificuldade de dizer "não“. Levei ela de volta para sua terceira casa. O sentimento é agradável e as imagens estão desfocadas. Um urso sai da casa e a engole. Ela sai do estômago do urso e se acha na rua. A paciente entra a sua quarta casa. Ela se vê como adolescente. Uma sombra calma descansa num canto. A paciente procura a sua mãe, querendo ver se ela está bem. Ela passa pelo quarto da mãe que está cheio de bichos. A mãe está na cozinha e o pai é um urso querido. A paciente abraça o seu pai e senta para comer. Ela come como uma louca, babando. Ela transforma num urso, vai para a piscina e berra. Ela se vê num vestido curto branco dançando valsa com um menino na cozinha. Ela tenta sair, mas o pai não a deixa. Ele transforma num urso e chora embaixo da mesa da cozinha. Ele a enforca com a cabeça para baixo. O menino está presente. Ela cai do gancho. O menino está a consolando. Ela está mancando e rindo na companhia do menino. A paciente está bem. Eles sentam no sofá. A sala é um campo minado. O menino afunda num buraco e ela o segue. Ela cai num buraco e ele a tira. Tem lama em frente da porta do seu quarto. Ela está enojada demais para entrar. Vermes estão por tudo. Seu irmão está na cama coberto de vermes. A paciente tenta comer os vermes. O menino transforma num urso e tenta soprar os bichos para cima. O irmão da paciente se comporta como um louco. O urso está pronto para comer o irmão. A paciente está defendendo o seu irmão, segurando o urso e o obrigando a transformar de volta. Estão rindo de novo. O urso querido está soprando. O quarto da sua mãe ainda está escuro. Ela entra e acha muitos vultos e uma menina possessa. O urso está a soprando e abrindo a janela. A sua mãe cai amarrada do guarda-roupa. A paciente tenta ressuscitar a mãe boca a boca, engolindo bichos. O urso está ajudando. A mãe vomita muitos bichos e está melhorando. Quando a paciente abraça a sua mãe, a mãe morde o pescoço da paciente. "Essa não é minha mãe!“ O urso vai matá-lá. "Onde está minha mãe?“ A mãe desaparece graças à dadíva de sopro. Eles chamam um anjo para ajudar a limpar a casa. Na sala tem uma sombra persistente. A sombra congela e explode. Um menino aparece. Ele a empurra, ficando poderoso e transformando num monstro. Ela muda de roupa, o beija e come o seu monstro. Ela sai da casa com o menino. Ela acha os bichos engraçados. "Isso não é bom!“ O anjo está limpando a casa. Ela chama o menino. Bichos estão saindo da boca dela, mas ela não se sente enjoada. Eles estão sentados no jardim. O portão está fechado. Ela machucou a sua perna quando pulou o portão. O menino está curando a sua ferida. O anjo e o urso estão dentro da casa. Eles não estão felizes que ela saiu da casa.

Continue lendo a sexta sessão semana que vem!