Monday, June 12, 2017

O coração ferido

Introdução:
A paciente desse relato autorizou a transcrição das suas sessões metafóricas. Nessa sessão ela processou a ferida que o seu primeiro namorado causou para o seu coração. Ela sentiu que ela entregou o seu coração e ele avacalhou com ele. Em função disso ela não conseguiu mais confiar esperando que alguém se aproveitasse dela e a decepcionasse.


Transcrição da sessão:
A paciente visualiza a figura do seu primeiro namorado perto dela. Ele está perto dela, mas não se relaciona. Ela se vê ajoelhada. Em seguida ela levanta e aponta para o seu coração que está sangrando. Ele falou que a amava. A paciente fala para ele que ele não a respeitava e não a valorizava. Ela se vê indo embora chorando. Ela gostava muito dele. Ele pede para ela voltar, mas ela diz que não adianta mais. Ela queria embora, mas não queria. O seu coração está pesada e dolorida. Ele fala: "Desculpa então, eu também fui imaturo!" Ela vai para um rio, tira o seu coração e lava o coração. Ela solta o coração no rio e o coração vai descendo uma cachoeira. Ela vai atrás, olhando atrás de uma moita, com um buraco no peito. O coração está brilhando. Ela está ansiosa querendo saber para onde ele vai. O coração para e ela quer pegá-lo. Tem sangue no buraco do peito. Água está lavando o buraco. Ela pensa em pôr o coração de volta, beijando e abraçando o coração. Ela o coloca de volta no peito. O coração está brilhando. O seu primeiro namorado reaparece e quer conversar. A paciente se sente livre e muito bem. Ela diz que ela não tem tempo para conversar e precisa ir embora. A paciente pede para o coração guia-lá. Ela pensa demais e não deixa o coração ir. O coração afirma que existe, mas está escondido. A paciente precisa sentir o seu coração. Ela coloca o coração como rei, pede perdão e afirma que vai segui-ló. O coração responde que não é rei, mas é humilde. Ela e a sua mente assinam um contrato se comprometendo de segui-lo. O coração rasga o papel. "Vocês tem que entrar dentro de mim!" Eles são grandes demais para entrar e diminuem de tamanho. O coração reflete e deixa eles entrar por uma porta. Ela está segurando a mente numa coleirinha. É muito acolhedor dentro do coração. Se soubesse isso, já teria entrado antes. A mente fica quieta. Além do espírito divino não tem nada no coração, somente ela e o cérebro. A mente fica na dela como um cachorrinho. Tem tudo lá dentro. Existe um contato íntimo. A paciente se ajoelha diante de Deus e pede perdão. Ela agradece na certeza que ela vai ter tudo. Ela quer segui-lo. Deus diz: "Vai, filha!" Quando ela sai pela porta do coração, tudo é grande. Ela clama: "Não quero!" Deus responde: "Estou dentro de você, sua boba!" Ela sente medo de enfrentar as coisas lá fora. Tudo é tão grande! O cérebro entra nela. "Me sinta e escuta sempre!" Ela está cheio de amor pelo coração. "Fique atenta fora, mantendo o foco em mim!" A paciente se vê indo. A sua alma gêmea a vê. Eles estão se reconhecendo e se beijando.

Conclusão:
Nessa sessão a paciente trabalhou a mágoa do seu primeiro namorado. A ferida é limpada de forma metafórica. Ela aprende confiar em Deus e no seu coração. Mente e coração entram em sintonia. Ela acha a coragem e a esperança de encontrar um novo amor.