Sunday, November 29, 2015

... e depois disso Natal nunca mais foi o mesmo!

Introdução:
Acontecimentos que produzem sentimentos negativos pesam muito no nosso inconsciente. São chamados traumáticos quando a pessoa é incapaz de processar o acontecimento e voltar ao normal com uma lição apreendida. Vivências alegres adoçam a vida, porém pela nossa genética que favorece a sobrevivência da espécie, vivências negativas são tratadas pelo inconsciente com preferência. Algo que produz sensações terríveis deve ser perigoso e merece atenção!



Acontecimentos trágicos tiram a alegria
"Meu pai morreu pouco antes de Natal!" "Minha filha teve um acidente fatal antes do meu aniversário!" "Meu sobrinho recebeu um diagnóstico terrível quando a gente estava de férias na Caribe!" Nunca mais Natal é o mesmo, nunca mais o aniversário é leve e as fotos da Caribe produzem dor de barriga. Criou-se um link entre a emoção negativa e a data comemorativa. Formou-se uma associação entre Caribe e doença que provavelmente não vai se desfazer sozinha. O trauma se isola e o tempo não o atinge. Fazem vinte anos que o filho amado morreu, e a dor ainda é a mesma. Os inconscientes não trabalham todos da mesma forma. Tem pessoas que conseguem processar traumas terríveis e continuar positivos. A flexibilidade e a espiritualidade da pessoa influe sobre a capacidade de processar um evento traumático. Se teve preparo como num caso de câncer, se o relacionamento com a pessoa que perde era resolvida, se a pessoa é capaz de lidar com sentimentos fortes, tudo isso vai determinar se o acontecimento negativo virá trauma ou é processada. 

A dor é inevitável 
Quem foge da dor, não vai conseguir processar o acontecimento trágico. Depois da dor, da revolta, da culpa e da incompreensão, a pessoa chega a aceitar o acontecimento como parte da sua vida e talvez acha um significado. Um ano tradicionalmente era o período adequado para o luto. No vilarejo na Alemanha onde eu fui criada era comum vestir durante um ano preto se houve a perda de uma pessoa próxima. Nos tempos atuais o luto virou um artigo raro. O tempo anda rápido, todos esperam que o enlutado vira logo a página e funciona de novo. Remédios tampam a dor e depois de vários anos de repente alguém fala em Caribe e a pessoa sofre um ataque de pânico "do nada". A dor virou sintoma. Um gatilho trouxe tudo a tona, mas tão camuflado que é difícil saber de onde vem. O que fazer?

Processamento do trauma através de EMDR-J:
Costumo dizer: "Se temos uma torneira pingando, não adianta trocar os baldes embaixo, precisa trocar a torneira!" Os sintomas são sinais que algo do passado não foi processado. EMDR-J funciona como um scan ou um raio-x para ver onde o paciente está preso. O trauma é localizado e processado. Assim o paciente pode sair do congelamento do trauma e tocar a sua vida para frente sem sofrer com os sintomas e as lembranças dolorosas.

Conclusão:
Quando o entulho pesado das lembranças dolorosas está tirado, lembranças boas aparecem e são como um bálsamo para o ferido. Em vez de lembrar da pessoa falecida no caixão, agora lembra dela com muita alegria em vida. As lembranças negativas não doem mais. Como perderam a sua carga emocional, perderam a sua razão de invadir o presente. As lembranças negativas ficam muito longes e as boas pesam mais, alegrando o presente e abrindo um caminho para o futuro.

Monday, November 23, 2015

Terapia metafórica: "Dançando com um vampiro" (parte 3)

Introdução:
A abordagem terapêutica metafórica está abordando os conflitos do paciente na linguagem própria do inconsciente que nós conhecemos dos nossos sonhos. Através da sua criatividade, usando cores, símbolos e imagens, o paciente trabalha os seus assuntos pendentes com a ajuda de estimulação bilateral. Nessa abordagem o inconsciente toma a liderança. O paciente está simplesmente acompanhando e observando a mudança de cena, imagens e acões. Nem sempre ele entende o significado daquilo que ele observa. É surpreendente como o paciente através de um caminho totalmente diferente consegue resolver os seus conflitos internos, achando paz e se organizando emocionalmente.

Desenho: F.H. Thomsen

Apresentação da paciente:
A infância da paciente era marcada por muitos medos e ansiedade. A paciente é bem sensitiva. Ela foi criada num ambiente religioso e teve muito medo de manifestações sobrenaturais e bonecos. A paciente descreveu a sua mãe como muito exigente e recorda muitos conflitos com sua mãe. Ela sofreu com lembranças dolorosas em relação a um namoro possessivo de vários anos. A paciente se descreveu como workaholic, confusa e agitada.

Procedimento terapêutico tratando a vida adulta da paciente:
Sétima sessão
Na cidade a paciente encontra pessoas muito diferentes. Ela está experimentando comida nova, se integrando, ficando dourada. Ela está se juntando com a natureza, materializando como ouro, se aceitando e se afirmando. Deus está a afirmando. O ouro está dividindo num arco-iris. Tem fusão e transformação. Seus pais e amigos estão transformando, formando um arco-iris. Todas as cores junto se tornam branco, no rio e no mar. Ela revive a história de criação com Adão e Eva. A maça transformou na cruz. Jeus está chorando. Várias branquinhas estão sendo soltas, livres para viver uma nova era. Elas se encontram entre pecado e o Espírito Santo. A vampira e a preta se livram dos seus pecados. A branquinha, a preta e a vampira estão dançando com o Espírito Santo. A branquinha está se tornando dourada de novo. Ela se divide para irradiar energia divina em todos os continentes. A dourada se junta com a dourada africana e cresce. Ela vê um sinal de "pare“. Ela viaja de África para Europa, reunindo com a sua outra parte e volta meio triste. Elas não foram adiante. Elas voltaram por causa da família.  As três se tornam pratas e depois transformam em pedra, rolando sem leveza, meio paralisadas. A paciente se sente imobilizada, sem recursos, afundando num mar preto perto da costa brasileira. A paciente está de luto e com medo. Algo escuro está crescendo e a paralisando. A sombra está invadindo os olhos da paciente mas o coração está ileso. O coração cria pernas e caminha até Indonésia e Tailândia. Ela acha mais uma parte dourada. O coração está livre para viajar para todos os países que a paciente quer visitar. O coração tenta resgatar o corpo, mordendo as correntes. Coração e corpo estão dissociado. O corpo está paralisado. O coração está falando. O corpo está se mexendo, mas as pernas ainda estão paralisadas de medo. O coração está grande demais para o corpo. Ela quebra o corpo e cria um novo. Seu corpo está amarrado à sua familia e seu lugar de trabalho. Ela quer ter raízes e viajar. Seu corpo convence o coração a voltar. Seu coração não está feliz, olhando para fotos de missão.

Oitava sessão
A paciente me conta sobre seus conflitos com uma amiga. Ela vê a sua amiga como criança que transforma num demônio e devora as três. A preta transforma num gigante. A branquinha se sente sufocada, presa ao monstro. Ela transforma numa vampira mais equilibrada com asas brancas e tons de cinza. Ela pula com leveza e coloca sua amiga numa caixa. Ela explode a caixa e a queima numa grande fogueira. Ela leva as cinzas para o mar. A vampira está boiando. Ela vê uma outra amiga com o seu monstro pequeno. Elas conversam via telepatia.  A vampira vai para o pântano e acha a parte raivosa. Ela a engole e vomita. Ela corta o pescoso do monstro que está berrando e o enterra. Uma árvore está crescendo. A paciente machuca a sua mãe e sua irmã. Chorando ela se limpa. O monstro está branco. Em sua volta tem muitos monstros pequenos e ela se dá conta que precisa conviver com eles. Ela joga algo pesado no mar. As três acham sua amiga em forma de criança e a limpam. A branquinha está carregando o corpo da sua amiga. Ela funde com as outras. Ela constroi uma figueira grande de cores diferentes. Ela queima no fogo suas falhas de carater como egoismo, agressividade, etc. O fogo explode. A personalidade  central da branquinha aparece. A branquinha é tediosa. A preta e a vampira tornam a paciente mais interessante. A vampira coloca um fogo ardente para as nações no seu coração. A preta é as suas mãos. No seu cérebro branco tem espaço para criatividade. O coração está batendo para as nações. Trabalhando com as suas mãos, idéias nascem no seu cérebro. Ela sabe que no futuro a porta para as nações vai abrir. Ela está evitando J. e D. J. aparece com flores e D. com um prato de comida. Ela está se movimentando para frente. Ela se sente em paz para explorar o mundo. Ela se vê voando de parapente. A vampira está a acompanhando. Elas estão passando por paisagens diferentes e coloridas sentindo que isso é a sua missão: entrar em harmonia com as três para se tornar luz.

Nona sessao
A paciente está se sentindo culpada por estar longe da sua família e não poder ajudar com a sua vó. Ela vê a sua vó se arrastando no chão, pedindo ajuda. A branquinha  vai para frente e para tràs. Quando ela foi embora, a vó ficou pior e eles pediram para ela voltar. Eles estão tristes que ela foi embora. A paciente está se sentindo triste. O seu pai e sua irmã estão crescendo. Eles conseguem ajudar. A paciente se sentiu rejeitada quando ela tentou voltar. Tem uma parede. Ela entra no coração do pai. A vó está ficando mais fraca. Todos perguntam o que está acontecendo. A vó está levitando, sem forma e instável. Uma corrente está a amarrando à sua vó e ao seu pai. Ela precisa voar e se torna um passarinho. Ela sente que ela está livre para ir e mesmo assim vai ficar conectada à sua família. Sua mãe coloca rodinhas embaixo dos pés da paciente, deixando ela ir. Sua mãe está fazendo papel de pai, deixando ela ir. Ela fala para sua mãe à respeito de Canadá, crescendo asas grandes enquanto está falando. Uma irmã transforma numa raíz, a outra irmã tem mãos grandes sempre tentando ajudar. Tem uma linha dourada, uma conexão de honra. A mãe está dissolvendo. A irmã das mãos grandes é instável. Seu pai está triste. Eles parecem zumbis. A paciente consegue voar. A sua tia é muito supersticiosa e mandona. A tia transforma num monstro cheio de braços. A vampira corta os braços do monstro e o cega. A tia controla a família toda aparecendo com presentes. As suas irmãs se deixam comprar.

Tentativas de interpretação:
A paciente se sentia presa no Brasil. Ela foi numa viagem missionária com um coração ardente, mas sentiu que tinha que voltar para a sua família e cuidar da sua vó. Ela estava se sentindo frustrada. Em três sessões terapêuticas ela conseguiu se livrar das correntes familiares e mesmo assim continuar conectada à sua família através de uma conexão de honra. A sua personalidade está ficando mais integrada, seu foco está aumentando e a preta está sob controle. A vampira somente age em casos de emergência.

Conclusão:
Em somente nove sessões terapêuticas a paciente fez um progresso incrível, desenvolvendo foco e integração. Ela processou sua infância problemática, resolveu um relacionamento possessivo com um ex-namorado e finalmente focou na sua vida adulta, aprendendo conviver com seus amigos e familiares, seguindo os seus sonhos. Seu processo terapêutico foi muito rápido, intenso e criativo. A paciente relatou que ela está se sentindo muito diferente e está muito contente com o resultado e a abordagem terapêutica.

Wednesday, November 18, 2015

Terapia metafórica: "Dançando com um vampiro" (parte 2)

Introdução:
A abordagem terapêutica metafórica está abordando os conflitos do paciente na linguagem própria do inconsciente que nós conhecemos dos nossos sonhos. Através da sua criatividade, usando cores, símbolos e imagens, o paciente trabalha os seus assuntos pendentes com a ajuda de estimulação bilateral. Nessa abordagem o inconsciente toma a liderança. O paciente está simplesmente acompanhando e observando a mudança de cena, imagens e acões. Nem sempre ele entende o significado daquilo que ele observa. É surpreendente como o paciente através de um caminho totalmente diferente consegue resolver os seus conflitos internos, achando paz e se organizando emocionalmente.
                                                   
Desenho: F.H. Thomsen
                                                                                                                                  
Apresentação da paciente:
A infância da paciente era marcada por muitos medos e ansiedade. A paciente é bem sensitiva. Ela foi criada num ambiente religioso e teve muito medo de manifestações sobrenaturais e bonecos. A paciente descreveu a sua mãe como muito exigente e recorda muitos conflitos com sua mãe. Ela sofreu com lembranças dolorosas em relação a um namoro possessivo de vários anos. A paciente se descreveu como workaholic, confusa e agitada.

Procedimento terapêutico tratando a adolescência da paciente:
Na sua adolescência a paciente se mudou para uma outra casa. A paciente lembrou mais uma vez da sua casa da infância (veja parte 1). Vendo essa casa toda organizada, ela passou adiante para trabalhar os acontecimentos  que ela viveu na casa onde passou a sua adolescência.

Quarta sessão
A paciente olha mais uma vez para sua casa de infância. Os quartos estão brancos e em harmonia, sem escuridão.  O porão está limpo. A branquinha, a preta e a vampira desintegram e integram. Na casa de adolescência tem um furacão. A branquinha está voando, a preta e a vampira estão lutando contra o furacão. Eles pedem ajuda da branquinha. Ela usa música para combater o furacão. Ela cresce e fica do tamanho do furacão. O furacão está acalmando. Com calma a branquinha está construindo a memória de duas histórias diferentes. A vampira e a preta estão revoltados. A branquinha está construindo um barco a vela para o futuro, sonhando com uma família. Os escuros  estão tirando sarro da branquinha, levando ela de volta para o seu tempo de descobertas. A paciente pensa em clubes e vícios. A vampira está se comportando de forma vulgar, sensual e descontrolada. A branquinha está chorando. Ela entra na medula da vampira, falando para o cérebro a respeito de objetivos. A preta está fazendo parte da asa da vampira. A paciente lembra do seu primeiro namorado. Ele é loiro e está a amarrando. A preta amarra ele e a vampira o mata. A branquinha está feliz. O cabelo dele ainda incomoda. O cabelo transforma em xixi. J. aparece. Todos as três estão curiosas. J. está mudando de cor. Ele está sem forma, sua voz chamando por ela. As três fundiram para achar o seu cinza. A branquinha é a medula. As imagens estão instáveis. Um arco-iris aparece e desaparece. A paciente está se sentindo triste. As três estão transformando numa borboleta. A branquinha separa das duas, sofrendo, agoniada. J. se transforma numa criatura estranha, devorando e execrando a branquinha. A preta e a vampira fazem parte da criatura. Ele prometeu cuidar dela! Ela não tem força para separar dele. Eles fundiram. Ela está passando pelo sistema circulatório dele, sem chance de escapar. Ela quebrou a  mão na tentativa de fugir. Ela tenta bater a cabeça, morder e chutá-lo, mas nada adianta. Ela não tem força. Somente tem um caminho para escapar. Ela tem que sair junto com o cocô dele. Os músculos dele estão a machucando enquanto está sendo execrada com o cocô dele, toda quebrada. Ela está quase morrendo. A paciente se vê grávida  com a branquinha e as outras duas. Tem que abrir o cadaver para o resgate. A branquinha está fraca. A sua família e amigos estão a sugando. A branquinha morreu. Todos estão chorando. Ela está deitada numa posição fetal dentro do corpo da preta. A branquinha tem o rosto de uma velhinha e o corpo de um bebê. A branquinha volta para se juntar. A velhinha branquinha está de luto. Nada ajuda. A criança sobe nos ombros da preta. A branquinha transforma em cocô dele. Ela é parte dele. Uma placenta de lágrimas está protegendo a paciente. A branquinha chama o monstro. Algo cinza se aproxima. A branquinha está chorando. Todas as três estão crescendo. Ele é um parasita que a domina. "Você  não vai me dominar! Estou flutuando!“ A cinza está flutuando e lutando. A branquinha está chamando por ajuda divina. A paciente vê luz, um arco-iris e uma grande luta. Ela não consegue se livrar dele. Ele invade os ossos, tornando tudo cinza. Ele é um câncer. Ele se transforma numa estátua de pedra. O cerébro e os olhos não estão afetados. A branquinha chama a preta e a vampira. A vampira está machucada e a preta quebrou as unhas escapando da estátua. A branquinha está escapando pelos buracos. Todas as três estão exaustas, descansando.

Quinta sessão
A paciente está vendo óleo preto e entra no mar. Ela tenta sair mas não consegue. Ela está descobrindo coisas tentando salvar um pouco de J. Ele é bom mas perdido. Ele mudou com o exemplo dela. Ele era instável. Para entrar no mar, ela teve que dissolver. A branquinha não dissolveu. Coisas nasceram. A branquinha se escondeu dentro dele. O mar está tentando destruir a porta e a branquinha. A paciente vê um buraco negro, espaço. J. está presente. Duas planetas estão orbitando o sol, estrelas estão caindo.  Ela está observando ele, tentando se juntar a ele. Quando ela entra de novo na sua essência, ela sente enjoo. "Eu preciso dessa conexão!“.  A paciente vê um eclipse e superposição. "Eu não quero!“ Ele a puxa em direção do buraco negro. Ela está sendo despedaçada, transformada em cinzas. Ele a põe no seu coração, mas ela não está feliz. A branquinha está se recompondo. Ela está fraca e tenta cantar. Ele rouba as suas cordas vocais e suga o seu coração. A preta e a vampira transformaram em cinzas e não fazem nada. Ele absorve a sua energia. Ela sente a necessidade de crescer e explodí-lo. Ele se recompõe rapidamente. Ele transforma num cavalo selvagem e foge com as escuras. A branquinha está dissolvendo em função da sua conexão com as duas. Ela sabe que precisa cortar a ligação. Disconectando ela cai num coma. Uma parte dela está morrendo. Uma luz a avisa que ela vai se recompor. A paciente mostra para Deus o seu buraco no coração. Deus entra no seu coração com luz dourada. Ela ganha uma noção de uma nova criatura pacífica. Uma parte dela tenta puxar as amarras. Um raiz está procurando J. Deus corta as amarras. Ela se vê num barco lutando contra uma tempestade. Jesus aparece no meio da tempestade. Ela está em companhia de amigos, falando uma nova língua. A paciente pensa em Africa, maças e frutas. J. tenta a alcançar de vários lados. Ela está numa bolha. Deus estende a sua mão. Ela se vê colorindo favelas na Africa com o seu dom de transformação. A vampira está com muita raiva. O seu único pensamento é vingança. A branquinha pede para a vampira acalmar. As três estão discutindo. A vampira quer vingança e a preta está segurando um amuleto de uma perna. J. sofreu um acidente e a preta se sente responsável por ele. A vampira quer matá-lo, a preta quer ajuda-lo e a branquinha não quer mais nada a ver com ele. As três estão brigando e tentando se devorar. A branquinha foi embora. A vampira e a preta não conseguem decidir se ajudam ou o matam. A preta coloca ele dentro de si para curá-lo. A vampira tenta extraí-lo. Ele volta e se junta com a preta. A vampira não quer matar a preta. A branquinha fica neutra. A preta está pressionando a vampira e coloca a branquinha numa caixa. A branquinha invade o coração e a cabeça da preta pedindo ajuda divina. Uma luz ilumina a cena e expulsa J. através de uma parto doloroso. A paciente sente amor materno por J. assim que ele nasce.

Sexta sessão
J. escreveu para a paciente alimentando uma parte dela. Ela escuta uma melodia. Ele envolve as três como uma serpente, tornando elas parte dele. A branquinha está relutando e separando dele. Ela sente vergonha que está sozinha. A vampira e a preta não conseguem sair. A branquinha cresce e prepara uma armadilha para a serpente. A preta e a vampira estão saindo, descendo pelos dentes da serpente. A paciente tenta botar fogo na serpente. A vampira e a preta estão queimando junto com a serpente. Elas se juntam para chamar J. de volta.  A branquinha está dissolvendo. As três concordam em deixá-lo num caixa de lembrancinhas. Elas se despedem dele e concordam em deixar a caixa fechada. As três fundem. Mas a preta quer abrir a caixa. A branquinha a impede sabendo que vai consumí-la e coloca uma corrente na caixa. A caixa faz parte do coração. A caixa transforma num piercing. Vai sarar! As três se tornam uma. Mas as escuras abrem o coração e pegam o piercing. A branquinha as alerta que a teimosia delas vai ser fatal. A paciente sente dor, sofrimento, choro e um coração vazio. Ela se vê caminhando no deserto, se sentindo muito sozinha. A branquinha está caminhando, passando por um vazio grande. Sementes estão brotando e flores nascem. Um novo começo! A paciente percebe que ela perdeu a sua essência. Ela renasce. Ela não tem foco. Uma flor branca está florescendo. A paciente se transforma no jardineiro, tirando erva daninha, organizando e instalando uma rede de proteção. Ela desmaia exausta. Ela vê uma plantação de milho. Elas querem trazer J. de volta como minhoca. Tem abelhas. O jardim está ficando lindo e caçulos estão preparados para a transformação das duas escuras. Elas nascem como borboletas com buracos. Elas admitem que se sentem bem estando livres. Elas se sentem leves e entram na branquinha. A branquinha está pronta para o deserto, procurando um propósito. Ela se protege do sol, cheio de recursos. Ela se diverte com um buggy na areia. A bussola está sem direção. Jesus aparece no deserto. Ela tem que aprender a caminhar sozinha. Demora para crescer. As três chegam num oasis e curtem a companhia. Elas enterram o colar do J. no deserto, jogando o colar em areia movediça. Elas fundem e se transformam em borboletas. Uma águia está voando com calma em direção de um abismo no meio de uma tempestade. A águia está se curtindo com seu peito forte. A águia está ganhando força, curtindo o ar e voltando para a terra. A paciente chega num muro alto. Elas estão subindo chegando numa cidade. Pronto para um novo desafio ela está entrando em território novo.

Tentativas de interpretação:
A paciente está resolvendo seus conflitos de adolescência começando pelos impulsos sexuais e seu primeiro namorado. Em três sessões bem desgastantes ela está resolvendo seu relacionamento possessivo com J. Ela luta com impulsos conflitantes para conseguir se separar do seu ex. Matá-lo ou ajudá-lo? No final da luta ela consegue se libertar e criar sua própria personalidade. Ela começa procurar um propósito na sua vida, começando uma viagem própria.

Thursday, November 12, 2015

Terapia metafórica: "Dançando com um vampiro" (parte 1)

Introdução:
A abordagem terapêutica metafórica está abordando os conflitos do paciente na linguagem própria do inconsciente que nós conhecemos dos nossos sonhos. Através da sua criatividade, usando cores, símbolos e imagens, o paciente trabalha os seus assuntos pendentes com a ajuda de estimulação bilateral. Nessa abordagem o inconsciente toma a liderança. O paciente está simplesmente acompanhando e observando a mudança de cena, imagens e acões. Nem sempre o paciente entende o significado daquilo que ele observa. É surpreendente como através de um caminho totalmente diferente o paciente consegue resolver os seus conflitos internos, achando paz e organização emocional.

Desenho: F.H. Thomsen

Apresentação da paciente:
A infância da paciente era marcada por muitos medos e ansiedade. Ela foi criada num ambiente religioso e teve muito medo de manifestações sobrenaturais e bonecos. A paciente descreveu a sua mãe como muito exigente e recorda muitos conflitos com a sua mãe. Ela sofreu com lembranças dolorosas em relação a um namoro possessivo de vários anos. A paciente se descreveu no início do tratamento como workaholic, confusa, sensitiva e agitada.

Procedimento terapêutico tratando a infância da paciente:
Depois de uma anamnese detalhada, a terapêuta começou tratar a infância da paciente aplicando movimentos bilaterais. A terapêuta pediu para pensar na primeira casa da paciente. P.Y. acessou imediatamente o nível metafórico. Em seguida a autora apresenta uma transcrição literal das três primeiras sessões terapêuticas.

Primeira sessão 
Pensando na primeira casa da sua infância, a paciente tem a impressão que a casa é muito grande. Tem uma tempestade ao redor da casa. Ela tem receio de entrar, mas ela entra. Uma grande solidão espera ela, muitas coisas são escondidas, ninguém vem. A mãe não tem tempo. Ela entra numa bolha, ela vê uma criança, a bolha está estourando. Ela não se sente mais impotente. Ainda está escuro. Ela passa por um corredor com imagens da sua vida. Atràs das imagens está escuro. Ela chama pelo Espírito Santo. Tudo está em preto e branco. Ela entra nas imagens com óculos de proteção. Ela tem uma sensação ruim, olhando para bonecos. Serpentes estão a paralizando. Só o nariz está livre e ela sente que vai morrer. Ela tem que reagir. Uma espada está crescendo do seu braço e desaparece de novo. Ela entra em areia movediça, boiando para sobreviver. Sabendo que ela vai morrer, ela olha para o céu. Ela vê chuva e lama. A paciente se vê pelada, exposta, agoniada. Ela não acha roupas. Rolando na grama, de repente se encontra numa floresta encantada. A paciente se sente conformada mas também tem escuridão. Ela começa cantar para esquecer a escuridão. Eles a acham, uma raiz está a pegando, tentando puxa-lá embaixo da terra. Ela está escondida, confinada mas sem se sentir ameaçada. Ela se encontra numa caverna, com poderes malignos que vão libertá-lá. Ela sai da caverna com asas de vampiro. É um vampiro sensual, cuspindo areia da boca como no filme da múmia, caçando um animal. É um javali. O vampiro grande está encontrando com ela. Ela está à altura dele. Ela entra o castelo de Dracula, mas ela não tem medo. O vampiro propőe um negócio. Eles conversam através de telepatia. Ela não quer ficar presa no castelo. Ela não vai vender a sua liberdade. A paciente sai do castelo sem medo.

Segunda sessão
A paciente está vendo duas meninas de idades diferentes, caminhando e rindo no parque. As duas fazem parte da paciente. Uma é boa e a outra é ruim. A ruim é mais poderosa. Ela tem dentes e devora a boa, frágil branca. A grande tem um espírito vingativo. A branca está no estômago da outra. O tempo passa e a branquinha começa crescer, ficando com traços adultos. Elas estão fundindo como ying e yang. Uma perna é preta e a outra branca. A paciente experimenta um conflito interno, quase a rasgando, sangrando. Um homem de chapel aparece no fundo. A preta está com raiva e a branca está chorando. A branca está crescendo. Ela se sente feliz, está dançando, se sentindo livre. A outra está murchando. A branca entrou num barco, procurando sentido de vida, esperança e optimismo. A preta virou uma mancha. A branca procura amor com um coração pulsando. A paciente vê pessoas compostas de preto e branco com a parte preta se sobressaindo. Uma sombra está crescendo. A branca está confinada e expulsa pela vagina. Ela não tem força para crescer. Ela começa crescer mutilada, sem braço, pedindo misericórdia. A preta deu um braço. A parte preta não tem controle. Elas estão fundindo, agora com mais equilíbrio. O coração bate nas duas. A parte preta quer fugir num disco voador. De novo a branca não tem força. A parte preta tem compaixão. Elas estão fundindo, transformando em cinza. A sensação melhorou. A cinza procura sentido, absorvendo cores através do convívio com as pessoas. Ela ganhou força e tamanho.

Terceira sessão
A paciente está brincando com as suas irmãs, feliz. De repente ela sente medo. Tem um espírito por perto. Elas acham que é um E.T. A paciente tem certeza que ela foi abduzida. Eles a pegaram para estudar. A paciente mata o E.T., transformando em vampiro. No corredor e no banheiro tem E.T.s e demônios. Quando ela está sozinha, eles a atacam. Ela tem medo do box do banheiro. O vampiro, a preta e a branca estâo juntos. A branca está quase invisível. Sempre de noite as forças malignas aparecem. Elas se sentem assombrados, com medo. A porta está batendo. A paciente conta que a sua mãe ia para um terreiro de Umbanda. A paciente está vendo vultos. Os vultos querem que ela tem medo e sofre. O vampiro come uns vultos. A branquinha dá força para a preta e o vampiro. A paciente sente dor de estômago. Os demônios arrancam a cabeça da branquinha. A vampira cresce e coloca uma bolha em volta da casa, puxando os vultos para inferno. A preta está levando os vultos para inferno. A paciente de novo sente o seu estômago. Os demônios estão arrancando a cabeça da branquinha. Ainda tem um bichinho na garagem. A paciente tem medo dele. Demora para caçar, amarrar e mata-lo. A paciente vê um cemitério cheio de vultos. A vampira e a preta estão limpando, levando tudo para cima. A branquinha está cantando. A garagem está limpa. Nos quartos ainda tem almas penadas. Pegando os vultos pelos cabelos, a paciente tenta engoli-los mas eles não digerem. A branquinha tirou uma flauta e a música está os desmanchando. A paciente vê um altar de Seicho-no-ie para os antepassados. A branquinha está multiplicando os instrumentos, direcionando a música contra os vultos. A preta e a vampira estão descansando e dançando. A casa está ficando mais leve. A família está reunida na sala. A branquinha ficou grande e age como guardião. Todos estão descansando na companhia da vampira e da preta. A família está bem mas ainda podem vir  influências de fora. A vampira, a preta e a branquinha fundiram.

Tentativas de interpretação:
A preta, a branquinha e a vampira são figuras diferentes do inconsciente do paciente. A vampira parece ter a função de proteger a branquinha. No início ela está muito frágil mas está ganhando força durante o processo, Preto e branco está lutando para achar harmonia. Nem boa demais nem ruim demais. Nem impotente demais, nem braba demais. A branquinha está aprendendo se defender, usando armas bondosas. No final do processo as três figuras integram.

Thursday, November 5, 2015

TÍTULO: O CONHECER RELACIONAL - PROMOVER SAÚDE A PARTIR DE UM OLHAR HOLÍSTICO E INTERDISCIPLINAR


INTRODUÇÃO:
O ato de conhecer causa mudanças, tanto naquele que percebe como naquele que é percebido.  A física quântica, em especial o trabalho de Heisenberg, aponta para os limites do conhecer objetivo que norteava a física clássica newtoniana. Ele fez a descoberta que a realidade só existe em relação ao observador e que a observação não reflete a natureza em si, mas a natureza exposta a um método científico.  Na pós-modernidade a interdisciplinaridade ganhou muita força.  Percebe-se a necessidade da interrogação filosófica para todas as ciências. A interdisciplinaridade não nega as especialidades e respeita o campo de cada disciplina, porém, quer superar a “hiperespecialização”. Edgar Morin ataca os “hiperespecialistas” como pretensos conhecedores e praticantes de uma inteligência cega. Ele propõe a “epistemologia da complexidade” que substitua a lógica clássica pela dialógica.  Westphal complementa que “a ciência, porém, não percebe que vê a realidade somente em partes. Entretanto, a parte é tida como sendo o todo.”   A obra “Brave New World” (Admirável Mundo Novo), um romance de ficção científica, de Aldous Huxley é uma crítica ao caráter absolutista da ciência da modernidade. Huxley descreve as pessoas como condicionados a não terem relações familiares e afetivas estáveis e duradouras.  A valorização do conhecer objetivo e a negligencia do conhecer relacional parece ser característico da modernidade.  Na pós-modernidade observa-se uma perda de confiança na objetividade da razão acompanhado por reações diversas para combater a incerteza. A permissividade, o fundamentalismo, o fascínio pelo espetacular, o consumo e a preocupação com o estilo de vida marcam a pós-modernidade.  Acompanhado com esses “valores” novos vem uma incapacidade de viver em relações estáveis.  A mudança dos conceitos na época da pós-modernidade levou a reconsiderar o valor de relações e do conhecer relacional.

A VIDA NA SUA COMPLEXIDADE:
Westphal enfatiza a necessidade de uma visão dialógica da realidade. A vida na sua complexidade e totalidade deve ser apreendida por vários pontos de vista tendo consciência que um ponto de vista não representa toda realidade.  Ele realça que “ciência somente é possível na visão de pontos opostos. Excluir os opostos como possibilidade científica empobrece a ciência e a coloca nas amarras da estreiteza analítica.”   Morin destaca a complexidade da vida. A inteligência que fraciona o complexo reduz o complexo ao simples e separa o que está ligado.  A supervalorização do conhecer objetivo ofusca o conhecer relacional. Morin afirma que os conhecimentos fragmentados servem para usos técnicos, porém, não consideram a situação humana no âmago da vida. Eles não ajudam a enfrentar os grandes desafios da pós-modernidade na sua complexidade.  Morin formula o pensamento provocativo que “a maior contribuição de conhecimento do século XX foi o conhecimento dos limites do conhecimento.”   A descoberta de Heisenberg que o conhecimento objetivo é limitado contribuiu para um abrir de horizontes para a realidade na sua complexidade.  Na pós-modernidade observa-se o problema que o cientista virou mito.  Com a perda de referências éticas na pós-modernidade o cientista de jaleco branco assume funções litúrgicas evocando expectativas messiânicas e escatológicas.  Parece que a ciência tem autoridade e apresenta provas irrefutáveis.  Porém, como apresentado em cima, as ciências que estão se baseando em experimentos, como a física não estão capazes de produzir provas que podem ser consideradas verdades absolutas.  A medicina clássica valoriza pouco o conhecer relacional. Westphal enfatiza que a visão mecânica e hidráulica do ser humano não deixa os médicos enxergar o sofrimento humano na sua profundidade: “A visão hidráulica e mecânica da medicina moderna pensa resolver o sofrimento existencial como se este pudesse ser apreendido pelo plano cartesiano, como se pudesse ser medido a partir do modelo da hidráulica e da mecânica. O tratamento é feito por meio da química e temos, então, a medicamentização do sofrimento humano e a quimicalização da dor do luto e da angústia da morte. É comum ver médicos com o rosto voltado para a máquina, o computador, de olho nos dados, e as costas voltadas ao paciente.” Poucos profissionais percebem que a situação do paciente exige mais do que o saber técnico e a mera aplicação de métodos. Weizäcker alerta que o pesquisador que supervaloriza o conhecer objetivo aplicando métodos científicos sem tomar consciência das relações e valores éticos envolvidos, facilmente desrespeita a vida.  Isso observa-se, por exemplo, na área da biotecnologia.  Westphal destaca que “a ciência que perde a humildade diante do mistério da vida, de Deus, do ser humano, da criação, perde a perspectiva ética, tornando-se profundamente ameaçadora”.  Importante é não esquecer o que o ser humano deve à vida: não a negação do conhecer objetivo, mas aquilo que liga o Eu com o Tu – o amor.

PROMOVENDO SAÚDE:
Um representante da valorização do conhecer relacional é Martin Buber que vê no “Zaddik” um ideal de educador.  O “Zaddik”, o grande “guia de almas” das comunidades chassídicas, era professor, médico e guia espiritual numa pessoa e freqüentemente convivia com seus alunos na mesma casa. Todos os alunos experimentaram a aura da sua essência carismática. Eles eram curados e ensinados. Buber afirma que o aprender acontece através da interação com aquele que ensina.  A figura do Zaddik encontra-se na tradição veterotestamentária dos Profetas que ensinaram o povo através de palavra e ação.  Em contraste com essa posição encontra-se o conhecer objetivo freqüentemente apresentado na literatura científica educacional:   O pensar educacional que vê o processo educacional em função de métodos aplicados está em concordância com o espírito da modernidade. Procuram-se métodos que levam à aprendizagem independente da influência pessoal do educador. Mietzel apresenta a pesquisa científica sobre o planejamento do processo educativo e os métodos indicados que o educador deveria usar para promover a aprendizagem.  Formas de aprendizagem de origem behaviorista focam exclusivamente no comportamento observável negligenciando pensamentos, emoções e aspetos relacionais. Porém, um professor, que construa com seus alunos um relacionamento agradável e amistoso, alcança com menos castigo um sucesso maior do que um professor distanciado e frio.  Modelos behavioristas que vêem o processo de aprendizagem independente do conhecer relacional estão perdendo a força.  O conflito entre conhecer objetivo e relacional aparece também na área terapêutica. A psicologia moderna se preocupa muito com o conhecer objetivo: a exatidão da diagnose e a aplicação de métodos científicos experimentalmente aprovados.  Almeja-se objetividade nos testes e o fator humano é visto como uma variante indesejável que interfere no processo de pesquisa.  O conhecer relacional e o fator humano como agente da cura, porém é pouco visto. Fica a impressão, que a simples aplicação de métodos leva, de maneira aprovada, necessariamente a cura do ser humano atribulado. Buber critica a prática terapêutica comum de refugiar-se na objetividade de métodos e escolas terapêuticas. Ele aponta que os psicoterapeutas e médicos não estão dispostos a enfrentar o “abismo nu” do paciente, e limitam-se às técnicas da “ars médica”.  Buber não considera os métodos científicos inválidos para o tratamento terapêutico, mas ele se posiciona a favor de um caminho de esforço pessoal.  Concordando com Buber, o psicólogo Rogers valoriza o conhecer relacional e admite que a aceitação do paciente como todo, em seus sentimentos e colocações, pelo terapeuta tem o maior efeito de cura. Buber acredita que é crucial apoiar o paciente na sua luta consigo mesmo.  O encontro de amor do Eu com o Tu aceita o paciente na sua totalidade e enxerga o seu potencial. O terapeuta que vê o paciente como um objeto do seu trabalho, transforma o paciente num ID, em contraposição com o Tu.

CONCLUSÃO:
Promover saúde não significa em primeiro lugar a diagnose de problemas e doenças. O ser humano deve ser visto na sua totalidade compreendendo a complexidade da sua existência. Através do interesse verdadeiro do agente de cura, do entender da situação vivencial da pessoa, compreendendo o que lhe falta para uma vida saudável se promove saúde. Nesse processo os profissionais da área de saúde, da educação e da religião precisam estar conectados para abranger toda a complexidade da existência humana.

REFERENCIAS:
ALVES, R. Filosofia Da Ciência. 16. ed. São Paulo: Brasiliense, 1992.

BAUMANN, Z. Amor líquido: Sobre a fragilidade dos laços. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

BUBER, M. Ich und Du. 11. ed. Heidelberg: Lambert Schneider, 1983.

CHEVITARESE, L. As “razões” da Pós-modernidade. In: Análogos. Anais da I SAF-PUC. Rio de Janeiro: Booklink. (ISBN 85-88319-07-1) Disponível em: <http://www.posmodernidade.pdf.>  Acesso em: 9 set. 2008.

DAVIDSON, G.C.; NEALE, J.M. Klinische Psychologie: Ein Lehrbuch. 3. ed. München-Weinheim: Psychologie Verlags Union, 1988.; REINECKER, H. (Org.) Lehrbuch der Klinischen Psychologie: Modelle psychischer Störungen. 2. ed. Göttingen: Hogrefe, 1994.

HEISENBERG, W. Physik und Philosophie. Frankfurt a.M.: Ullstein, 1959.

HUXLEY, A. Brave New World. 18. ed. Glasgow: Triad GraftonBooks: 1977.

LIENERT, G.A. Testaufbau und Testanalyse. 4. ed. München, Weinheim: Psychologie Verlags Union, 1989.

MIETZEL,G. Psychologie in Unterricht und Erziehung. 4. ed. Göttingen: Hogrefe, 1993.

MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

SCHAEDER, G. Martin Buber: Hebräischer Humanismus. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1966, p. 154-155.

SINGH,S. O último teorema de Fermat. 6. ed.  Rio de Janeiro: Record, 1999.

SOARES, H. Interdisciplinaridade. Disponível em: <http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/index.interdiscip1.html>. Acesso em: 3 set. 2008.

WEIZÄCKER, C.F. von. Die Geschichte der Natur. 8. ed. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1979.

WESTPHAL, E.R. Brincando no Paraíso perdido. São Bento do Sul: União Cristã, 2006.

WESTPHAL, E.R. A Lógica da Dominação na Ciência Moderna.Vox Scripturae, V. 9, n. 1, dec. 1999, p. 41-81. São Paulo.


Título: Efeito de Centralis no tratamento de ataques de pânico


Apresentação:
A paciente sofreu um ano atrás um acidente traumático com uma máquina de roçar, teve cirurgias extensas e uma recuperação difícil em função de alergia às partículas que ficaram do acidente na ferida do pé. A paciente teve uma infância traumática num ambiente de alcoolismo e descontrole. O trauma do acidente e a sensação de descontrole eram um dos gatilhos para desencadear um quadro de pânico com falta de ar, tontura e mal-estar. O tratamento com antidepressivos aumentou os sintomas pelos efeitos colaterais da medicação



Objetivos:
Este estudo de caso visa demostrar o efeito do uso das essências vibracionais florais carreadoras de frequência aliadas ao tratamento com EMDR-J para reduzir ataques de pânico, tratar traumas e providenciar equilíbrio emocional para a paciente aumentando a sua qualidade de vida.

Procedimentos Metodológicos:
Os traumas da paciente foram identificados e tratados com EMDR-J em sessões semanais de 90 minutos. O antidepressivo Sertralina foi aos poucos reduzido e substituído pelo produto Centralis© na dosagem de quinze gotas sub linguais duas vezes ao dia. Centralis© é um modulador frequêncial do mineral Lítio (Gluconato de Lítio) e harmoniza o equilíbrio físico, emocional e mental.

Conclusões:
Depois de um tratamento de dois meses a paciente está emocionalmente estável, sem ataques de pânico e continuando a tratar os traumas para atingir uma recuperação completa sem perigo de recaída.

Referências:
SHAPIRO,F.: EMDR- Grundlagen und Praxis. Paderborn:Junfermann, 1998.
BERALDO, M., ARNT, R., SALES, W. Nutrição Multifuncional Celular. Ed. Gráfica Everest Ltda.
GERBER, R. Um Guia Prático de Medicina Vibracional. Ed Pensamento-Cultrix Ltda

Tuesday, November 3, 2015

Título: Efeito de Brisium num caso de enfisema pulmonar

Apresentação:
O enfisema pulmonar é uma doença crônica, na maioria dos casos causada pelo tabagismo. Os tecidos dos pulmões (alvéolos) são gradualmente destruídos. Os pulmões perdem a elasticidade dificultando as trocas gasosas e causando falta de ar. A paciente (55 anos) sofre de enfisema pulmonar. Depois de ter saído da UTI, ela ficou durante um ano acamada, e toma 19 tipos de remédios que, conforme o seu médico – especialista em pulmão - somente iriam mantê-la viva. 16 horas por dia, ela dependia de oxigênio, e apresentava-se desanimada com  sua falta de qualidade de vida. A sua filha procurou ajuda complementar através da terapia vibracional.

Objetivos:
Este estudo de caso objetiva comprovar a eficácia do uso das essências vibracionais florais carreadoras de frequência, complementando o tratamento convencional, para melhorar a capacidade respiratória da paciente com enfisema pulmonar, possibilitando melhor qualidade de vida.

Procedimentos Metodológicos:
A paciente começou usar o produto Brisium© sub lingual, três vezes por dia quinze gotas cada dose. Brisium© apresenta a frequência similar a do DMSO (dimetilsulfóxido) que é um poderoso antioxidante. A medicação da paciente não foi alterada.

Conclusões:
 Após de tomar o Brisium por doze dias, para surpresa dos familiares, a paciente levantou pela primeira vez da cama. Depois de dois meses a mesma dispensou a diarista, pôde abandonar o uso do oxigênio e consegue fazer de novo o serviço de casa sem dificuldade de respiração. A paciente se sente de novo vigorosa. Sua qualidade de vida  melhorou de forma surpreendente. O médico assistente dela aprovou o uso da terapia vibracional e a encorajou a continuar tomando.

Referências:
PACIEVITCH, T. : Enfisema pulmonar. WWW.infoescola.com
BERALDO, M., ARNT, R., SALES, W. Nutrição Multifuncional Celular. Ed. Gráfica Everest Ltda.
GERBER, R. Um Guia Prático de Medicina Vibracional. Ed Pensamento-Cultrix Ltda

RELATO DE UM CASO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA TRATADO COM TERAPIA QUÂNTICA E EMDR-J

Resumo:
A paciente (46 anos) foi diagnosticada com esclerose múltipla. Ela se queixou de muita dificuldade para andar e controlar a bexiga. Criada num lar com um pai alcoólatra e uma mãe submissa, a paciente aprendeu a desrespeitar os próprios limites e a servir os outros. Este relato de caso objetiva a comprovação da eficácia da terapia quântica aliada a um tratamento psicológico com EMDR-J num caso de esclerose múltipla. A paciente utilizou uma técnica chamada EMDR-J associada às essências vibracionais carreadoras de frequência do sistema Floral Quântico. Ela fez uso de Brisium e Movimentum Gel para harmonizar a musculatura das pernas e da bexiga. Para auxiliar na informação celular para o reequilíbrio energético adequado da bexiga, a paciente passou várias vezes ao dia Nefron Gel. Também foi utilizado Oxyflower Gel. A paciente reagiu muito bem ao tratamento com as essências vibracionais florais. O fungo vaginal, depois de poucas aplicações de Oxyflower Gel, parou de incomodar. A bexiga, que anterior ao tratamento com Nefron Gel travava ou vazava, se equilibrou dentro de dois meses de tratamento. O andar dela ficou mais firme com o uso de Movimentum Gel e Brisium. O tratamento com EMDR-J resultou em mais flexibilidade emocional, sendo capaz de impor limites para si mesmo e às pessoas com as quais convive.

Introdução:
A paciente (46 anos) compareceu à consulta em janeiro de 2014. Ela relatou que foi diagnosticada com esclerose múltipla. (1) Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais, o sistema imunológico começa agredir a bainha de mielina que recobre os neurônios comprometendo a função do sistema nervoso. Problemas motores, incontinência urinária e dificuldade no controle dos esfíncteres fazem parte do quadro clínico. A paciente se queixou de muita dificuldade para andar e controlar a bexiga. Ela trabalhou como professora se cobrando perfeição, dedicação 24 horas e temia sempre a perda de controle evitando mudanças. Criada num lar com um pai alcoólatra e uma mãe submissa, a paciente aprendeu a desrespeitar os próprios limites e a servir os outros. No ano de 2006, a paciente entrou numa estafa profunda e os primeiros sinais do processo degenerativo da esclerose múltipla apareceram. Apesar de graves problemas de bexiga e movimentação, ela continuou no mesmo ritmo de trabalho frenético auto imposto. A dificuldade de andar agravou, o problema urinário se tornou crônico e ela desenvolveu um fungo vaginal em função do uso contínuo de fraldas. Foi sugerido um tratamento com EMDR-J (Eye Movement Desensitization and Reprocessing, versão modificada) para tratar os traumas emocionais e sua falta de limite, complementado com terapia quântica (2) para abordar suas dificuldades de movimentação e urinário. 

Objetivo:
Este relato de caso objetiva a comprovação da eficácia da terapia quântica aliada a um tratamento psicológico com EMDR-J num caso de esclerose múltipla.

Material e Métodos:
A paciente A.L. utilizou uma técnica chamada EMDR-J associada às essências vibracionais carreadoras de frequência do sistema Floral Quântico. Ela fez uso de Brisium (10 gotas três vezes ao dia) e Movimentum Gel para harmonizar a musculatura das pernas e da bexiga. Para auxiliar na informação celular para o reequilíbrio energético adequado da bexiga, a paciente passou várias vezes ao dia Nefron Gel. Também foi utilizado Oxyflower Gel (uso intravaginal, aplicado várias vezes ao dia). (3)

Resultados e Discussão:
Após vários tipos de tratamentos convencionais sem sucesso, a paciente optou por submeter-se a um tratamento integrativo com EMDR-J associado a terapia vibracional quântica. A paciente reagiu muito bem ao tratamento com as essências vibracionais florais. O fungo vaginal, depois de poucas aplicações de Oxyflower Gel, parou de incomodar. A bexiga, que anterior ao tratamento com Nefron Gel travava ou vazava, se equilibrou dentro de dois meses de tratamento. O andar dela ficou mais firme com o uso de Movimentum Gel e Brisium. A paciente ficou tão feliz com o efeito da terapia quântica, que recomendou o uso das essências vibracionais florais para vários parentes e amigos. O tratamento com EMDR-J  resultou em mais flexibilidade emocional, sendo capaz de impor limites para si mesmo e às pessoas com as quais convive. Traumas emocionais da infância e vida adulta foram abordados e resolvidos, resultando numa vida mais feliz e sendo capaz de manter um relacionamento amoroso estável. A paciente também conseguiu enfrentar uma reforma na sua casa. Anterior ao tratamento descrito, a mesma travava e sofria de incontinência urinária só de pensar em reforma devido às suas estruturas obsessivo-compulsivas.

Conclusão:
Depois de um ano de tratamento a paciente aprendeu a respeitar os próprios limites e impor limites para as pessoas com as quais convive. A dificuldade de andar diminuiu significativamente, a bexiga se equilibrou e o fungo vaginal não causou mais problema. Com esse relato, conclui-se que o uso de essências vibracionais florais do Sistema Floral Quântico, complementadas por um tratamento psicológico com EMDR-J, é capaz de amplificar os efeitos das duas terapias no caso de esclerose múltipla, com uma rápida melhora do paciente, sem riscos e sem efeitos colaterais evidenciados.

Referências:
(1) TORQUATO, G. Esclerose Múltipla: O que você sabe sobre essa doença? Disponível na internet via WWW. URL: http://www.lersaude.com.br/esclerose-multipla-o-que-voce-sabe-sobre-essa-doenca/. 
(2) GERBER, R. Um Guia Prático de Medicina Vibracional. Trad. Paulo Cesar de Oliveira, Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Cultrix, 2000.
(3) ARNT, R. , ARNT, P. R. Vade Mecum das Essências Vibracionais - Um Guia Prático para o uso dos Moduladores e Indutores Frequenciais. 1 ed. Paraná, 2013.

Monday, November 2, 2015

Título: EMDR-J e medicina quântica: uma abordagem terapêutica profunda, rápida e eficiente

Resumo:
A autora apresenta uma abordagem alternativa de tratamento psicológico clínico. Combinando EMDR com técnicas de confrontação como flooding, métodos de catarse, recursos da PNL e linguagem metafórica aliado à medicina quântica, a autora descreve uma abordagem personalizada, profunda, dinâmica e muito eficiente.

Introdução:
Baseado em 15 anos de experiência de consultório clínico a autora combina EMDR com flooding, métodos de catarse, recursos da PNL e linguagem metafórica aliado à medicina quântica para uma abordagem profunda, rápida e eficiente.

Mudança de paradigma:
A abordagem cognitiva-comportamental ensina que analisando e mudando os pensamentos o terapeuta muda os sentimentos do paciente. Depois de anos de caminhada frustrante a autora chegou na conclusão que os sentimentos e sensações são primários e tem muito mais poder sobre o ser humano do que os pensamentos. Estudando as obras de Freud e Jung ela se familiarizou com a ideia do inconsciente. Na Alemanha ela conheceu a técnica EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) de Francine Shapiro. (1) Encantada com essa nova técnica terapêutica que mergulha nas experiências traumáticas do paciente, revivendo o trauma, digerindo o trauma, inserindo a experiência traumática no seu contexto, a autora aprendeu trabalhar cenas minúsculas com uma carga emocional enorme, revivendo com o paciente as cenas traumáticas até que ficam longe e o sentimento neutro.

EMDR e flooding:
Durante o seu trabalho na fundação Christoph Dornier em Marburgo (Alemanha) a autora teve contato com uma técnica de confrontação usada para pacientes de pâncio chamada "flooding"(inundação de estímulos). O flooding confronta o paciente com os seus piores medos levando eles ao extremo para ativar o sistema de auto-regulagem do organismo. (2) Como a autora tinha experimentado a eficácia dessa abordagem radical, ela começou aplicar o flooding no contexto de EMDR. No primeiro momento parece um paradoxo intensificar as sensações e sentimentos desagradáveis do paciente. Porém, a prática mostra que a eficácia dessa abordagem é muito maior e o tempo usado para retirar a carga emocional do trauma é reduzido de forma impressionante. A autora afirma que todos os sentimentos e sensações funcionam no sistema de auto-regulagem: medo, raiva, nojo, frustração, tristeza, impotência, etc. Ensinando o paciente a intensificá-los em vez de se distrair enquanto aplicar o movimento bilateral do EMDR, as sensações culminam e aos poucos perdem a intensidade até sumir completamente.

EMDR e PNL:
Quando toda carga emocional se foi, a terapeuta ajuda o paciente a editar a cena usando técnicas da PNL. (3) É essencial que a cena traumática fica totalmente neutra e sem carga emocional. Se a cena é editada cedo demais, podem ficar restos das sensações que mantém o trauma ativo. Como editar a cena? O paciente volta para a cena e imagina durante a aplicação do movimento bilateral do EMDR o que queria ou deveria ter feito. Acontece que o paciente percebe que não tem condições de agir diferente porque a criança que experimentou a cena não tem coragem nem força para se defender. Nesse caso a terapeuta pede para o paciente levar si mesmo como adulto junto na cena para apoiar a criança. As experiências são fantásticas e os resultados surpreendentes. Essa técnica de inserir o paciente adulto nas cenas traumáticas é muito eficiente se a "criança do paciente" experimentou muita solidão e se isolou completamente. Simular uma conversa entre a criança que experimentou o trauma e o adulto é bem útil. O acolhimento da criança pelo adulto nem sempre é fácil. Frequentemente o adulto se protegeu por muito tempo da dor da criança via dissociação. Trazendo a dor da criança para o adulto pode ser no primeiro momento uma experiência aversiva mas curativa no final.

EMDR e catarse:
Usando a técnica de flooding dentro do EMDR, a raiva, a tristeza e o nojo podem aflorar com muita força. Para dar vazão aos sentimentos intensos, a autora usa métodos catárticos. (4) Se o paciente experimenta muita tristeza e sente que o sentimento está engasgado, a terapeuta pede ao paciente que se visualize chorando e gritando até aliviar a tristeza. Para tirar a sensação forte de nojo, o paciente se visualiza vomitando. Esses exercícios catárticos trazem um alívio grande. Muitos pacientes aparentemente calmos, queridos e educados tem raiva reprimida e acumulada. Especialmente em vítimas de abuso a autora encontrou um ódio mortal contra o agressor e um desejo violento de vingança e retribuição. Nesses casos a terapeuta pede para o paciente imaginar o que ele falaria ou faria com o agressor se ele não precisava temer julgamento nem punição. Assegurando para o paciente que é somente um exercício de catarse e que ele não vai ser julgado por suas fantasias, a autora acompanha o paciente na liberação da sua raiva. No final do exercício o paciente percebe que a força da raiva está diminuindo e a pena toma o lugar do ódio possibilitando a liberação do perdão.

Incluindo o metafórico:
Como o tratamento com EMDR na combinação com elementos de flooding, PNL e catarse é muito dinâmico, a proposta da autora é fazer um "scan" da sua vida toda à procura de cenas traumáticas começando na infância. Todas as cenas que tem carga emocional forte e foram registrados no inconsciente aparecem e desaparecem conforme são trabalhadas. Tem inconscientes mais objetivos que focam em poucas cenas simbólicas com muita carga emocional, tem outros inconscientes mais "bagunçadas" e detalhistas. EMDR-J se adapta completamente às necessidades do paciente. Se o paciente for muito criativo, ele até consegue resolver os seus conflitos num nível superior que a autora chama de "metafórico". Nesse nível o inconsciente do paciente produz, acompanhando os movimentos bilaterais do EMDR, imagens, símbolos e cores que trabalham os seus conflitos na linguagem genuína do inconsciente que aparece nos sonhos. (5)

Adicionando a medicina quântica:
Como essa abordagem radical exige muito do paciente, a autora adicionou ao tratamento os recursos da medicina quântica para deixar o paciente mais amparado. Quando o paciente procura a terapeuta, ela explica a forma do tratamento e faz uma anamnese detalhada. Ela recomenda o uso paralelo dos produtos quânticos para auxiliar no processo de reequilibrar o paciente. O kit standard que acompanha todos os tratamentos é o Centralis, que equilibra o emocional, e o Traumavit Gel que o cliente passa antes de dormir no pulso acelerando dessa forma o processamento dos traumas. Se o paciente apresenta outros problemas de saúde como problema de tireoide, colesterol alto, cortisol alto, problemas de digestão, urticária, psoríase, etc. a terapeuta recomenda o produto quântico adequado para auxiliar no processo de cura. (6) Como o trauma vem acompanhado de sensações fortes, inclusive de natureza física como sufoco, aperto no peito, dor de estômago, associado aos traumas, a terapeuta facilmente identifica qual órgão está absorvendo o impacto do trauma e precisa de auxílio para se reequilibrar.

Conclusão:
Conforme o tratamento com EMDR-J e medicina quântica avança, o paciente experimenta uma melhora emocional, intelectual e física surpreendente. O tratamento é intenso, cansativo e vai direto ao ponto.

Referências:
(1) Francine Shapiro: EMDR. Grundlagen und Praxis. Handbuch zur Behandlung traumatisierter Menschen. Jungfermannsche Verlagsbuchhandlung/Paderborn 1998.
(2) Wolfgang Fiegenbaum (1988): Longterm efficacy of ungraded versus graded massed exposure in agorafobia. In: Hand,I, Wittchen HU (eds) Panic and Phobias 2. Berlin: Springer.
(3) Robert Dilts: Crenças. Caminhos para a saúde e o bem estar. Summus Editora: 1993.
(4) Peter Gay: Freud. Eine Biographie fuer unsere Zeit. S.Fischer: 1989.
(5) Carl G. Jung: O homem e seus símbolos. Nova Fronteira: 2008.
(6) Rosangela Arnt: Vade mecum das essências vibracionais. Um guia prático para o uso dos moduladores e indutores frequenciais. Paraná.2013.