Monday, December 28, 2015

Terapia metafórica: "A noiva triste"

Introdução:
A abordagem terapêutica metafórica está tratando os conflitos inconscientes do paciente na linguagem genuina do inconsciente. Essa linguagem conhecemos dos nossos sonhos. O terapeuta aplica estimulação bilateral enquanto o paciente segue as imagens, cores e símbolos que aparecem. O inconsciente toma a frente e digere os assuntos pendentes. Os leitores que acompanham as minhas publicações já mais tempo, devem lembrar da trilogia "Dançando com um vampiro". Através dessa trilogia o leitor ganhou uma impressão do processo metafórico. Nem sempre dá para entender essa linguagem forte sem limitações culturais, mas o leitor atento consegue entender como as cenas ficam mais pacíficas depois da descarga da raiva. Quando se trabalha diretamente no inconsciente, pode se surpreender com a intensidade dos impulsos. Surtos de violência, devorar o inimigo, vômito, defecação, transformação de aparência, monstros, anjos e demônios podem assustar um pouco. O inconsciente é uma parte antiga e primordial do ser humano. Precisamos compreender o seu jeito de processar conflitos sem condenar. Religião e cultura nos forçam a reprimir os nossos impulsos primordiais para possibilitar um convívio em sociedade. Pregadores nos dizem que temos que perdoar mesmo que ainda estamos fervendo de ódio. Observando meus pacientes que trabalham no nível metafórico totalmente livres de qualquer julgamento, cheguei na conclusão que para o inconsciente justiça é retribuição. Se foi torturado, o agressor precisa ser torturado. Na sociedade moderna o inconsciente vive frustrado porque não é permitido vingar-se. O abusador indo para prisão no fundo não satisfaz o inconsciente do abusado. Perdoar sem retribuição é praticamente impossível para o nosso inconsciente. E agora? Como resolver esse impasse? Na terapia metafórica o paciente é totalmente livre de convenções sociais. Nas sessões o paciente tem um espaço onde pode processar seus conflitos sem culpa ou julgamento até que as forças destrutivas perdem o seu poder. Forças construtivas ganham espaço trazendo beleza e paz. Vou apresentar em seguida um caso de uma paciente que ficou muito braba e triste com a festa do seu casamento que não saiu como planejado. Recomendo uma leitura sem preconceitos. Simplesmente se permite acompanhar o processamento do inconsciente sem repulsa ou julgamento, seguindo a mudança da destruição para organização e aceitação.  

Fotografia de Jörg Garbers

Transcrição de três sessões terapêuticas:

Primeira sessão 
A paciente vê tudo escuro quando acessa a lembrança da sua festa de casamento. Um cara está a insultando. É o cerimonial que ela contratou. Ela começa a  brigar com ele. A esposa do ceremonial aparece. A paciente arranca os braços dele. Ela vê água suja e o cara gigante que era responsável pela decoração. A paciente se sente muito mal. O cara a empurra contra uma estaca. Ela foge sangrando. Uma casa a suga para dentro. Parece uma concha. Ela se sente frustrada e impotente. Um caracol está saindo da concha. A paciente se vê saindo de um casulo, se sentindo forte. Ela tem braços, mas não tem pernas. Ela está ficando mais forte, transformando num monstro. Chorando ela se vê destruindo tudo. O decorador a persegue. Ele a chuta e a põe num saco. A paciente se sente impotente. O monstro continua com a destruição. Uma criança está chorando. Ter um casamento perfeito foi o seu sonho de criança. A criança está sofrendo. O decorador a enganou. Ela o devora por inteiro. Ela come o seu pênis e vomita em seguida. "Isso é nojento!" Ela come toda pele dele e vomita sangue e carne. O vômito escorre para dentro de uma boca-de-lobo. Está chovendo. A carne é lavada para dentro da boca-de-lobo. A paciente está frustrada e braba com Deus. Ela tentou fazer tudo certo, mas perdeu o controle. Deus deveria ter a alertado. Ela se vê em frente de um hotel, chorando. Ela põe fogo em tudo, desejando a morte de todos. Ela põe fogo no carro e mata todos. Ela só não mata Deus porque ela não consegue. Ela se esfaquea, se vendo sem braços e pernas, sangrando. Ela sente raiva do seu marido. Por motivos religiosos ela teve que casar para poder morar com ele. Ela queria o casamento perfeito sem gastar muito. Ela se vê se arrastando no chão, transformando primeiro em um e depois vários gorilas. Eles andam em direção do salão do casamento. Tem um muro invisível. Quando a paciente chega no salão, ela mata todos, levada pelo desejo de apagar a festa de casamento da sua memória. Ela está muito triste. Está chovendo muito. Ela chora muito. A raiva está misturada com tristeza. Ela grita:"Não, não!" Ela põe fogo nos seus convidados, queimando tudo. "Não faça isso!" Ela mata mais pessoas e transforma numa noiva. Seu vestido de noiva está rasgado e manchado de sangue. Ela atira em todos. Eles a chamam de assassina. Ela está chorando no escuro. As luminárias estão destruídas. O espírito da noiva está saindo do seu corpo, realizando o seu sonho de criança.

Segunda sessão 
Ela levanta do chão e destrói cada pequeno detalhe que ela detestou no seu casamento. Ela destrói tudo e mata para esquecer. A paciente está muito triste. "Por quê isso aconteceu?" Ela se sente impotente. Destruição não cura as suas feridas. Ela detestou o lugar e o destruiu. Ela precisa achar o lugar perfeito. Ela procura um lugar pacífico com um gramado bonito e árvores, em harmonia com a natureza. Tem detalhes demais. A paciente se dá conta que ela quis provar algo. Ela quis economizar dinheiro. Ela sente que a culpa foi de Deus. Deus poderia ter a alertado. Ela se sente muito mal e fala com Deus. Se foi somente sua culpa, é demais para aguentar. A paciente se sente morrendo. Ela tenta se matar. Ela não consegue se perdoar. Ela enfia uma faca na sua barriga. Vestida como noiva ela ressuscita. Ela sai do corpo da noiva como uma nova pessoa. Ela abraça Deus e pede perdão. O salão está intacto. Ela agradece e embarca num avião.

Terceira sessão 
A paciente está em pé no salão do casamento. Ela não toca em nada mesmo não gostando da decoração. "Deixe assim! Não dá para fazer mais nada!" O salão está vazio. Sem raiva ela olhá para os detalhes. "Eu fiz o melhor possível?" Ela sente que ela poderia ter feito melhor. Ela teve que resolver muitos problemas em cima da hora e ela conseguiu. Ela sente que fez o melhor possível considerando as circunstâncias. Erros aconteceram, mas não por falta de dedicação.

Conclusão:
A paciente trabalhou a sua raiva intensa, tristeza e frustração em relação à sua festa de casamento em três sessões de terapia metafórica. Processando seus sentimentos bloqueados, a paciente conseguiu perdoar a si mesmo, Deus, o decorador e outras pessoas envolvidas no evento. Gostaria destacar como a paciente processa seu sentimento de impotência, devorando o decorador. Freud descreve no seu livro "Totem e taboo" canibalismo como mecanismo primordial para absorver a força do inimigo. Na sua terceira sessão metafórica a paciente consegue aceitar a imperfeição do seu casamento, sabendo que ela fez o melhor possível considerando as circunstâncias.

Leitura recomendada:
Freud descreve nas suas obras "O mal estar na civilização" e "Totem e taboo" os mesmos impulsos primordiais observados em sessões metafóricas. Recomendo a leitura das obras de Freud e Jung para aprofundar o seu conhecimento sobre o inconsciente.

Tuesday, December 22, 2015

Urticária: o sentimento à flor da pele

Introdução:
Coça, coça, coça!!! Bolhas e manchas vermelhas aparecem na pele, parecendo contagiosas. Todos perguntam o que aconteceu. O paciente corre desesperado para o médico em busca de uma solução e o médico normalmente diz que não é nada. "Como nada!?" Uma paciente minha teve a sorte de consultar um médico que falou para ela que deve ser "Urticária de Natal". O que ele quis dizer com isso? O stress e os conflitos que a pessoa não consegue processar, aparecem de uma forma ou outra no corpo. Para algumas pessoas o stress se transforma em úlcera, herpes ou cistite, para outros em erupções na pele como no caso de urticária.

Fotografia da paciente 

O que pode ser feito?
Tratei a minha paciente com Centralis e Traumavit, junto com EMDR-J para reequilibrar o emocional e recomendei passar Kuthanis Gel, Oxyflower Gel e Dessensses Gel na pele afetada. Durante o tratamento com EMDR-J apareceu a dificuldade da paciente de verbalizar conflitos emocionais. Ela tinha aprendida da mãe que é melhor não falar sobre seus problemas. Na terapia ela aprendeu verbalizar os seus conflitos e processar assuntos dolorosos do passado e da atualidade.

Conclusão:
Ser boa é importante. Ser boa demais, engolindo sentimentos de raiva e tristeza é prejudicial à saúde. "Amar o outro como si mesmo" não significa que o outro deve ser mais importante, mas igualmente importante. Defender-se e admitir o que estamos sentindo, não nos torna maus, mas honestos ... honestos com os outros e conosco. Engolir o que deve ser falado, nos torna doente. Honestidade é a chave para a saúde.

Wednesday, December 16, 2015

Diarreia e vômito: os vilões que estragam a temporada :(

Introdução:
A temporada da praia é muito esperada. Tempo para relaxar, ver os familiares, brincar nas ondas, brigar com a cunhada :) e chamar atenção do marido que acompanha os amigos na cerveja e dá uma espiadinha para as mulheres. Mas isso não vai ser o tema de hoje. Hoje quero falar sobre o problema da virose que acompanha a temporada como limão acompanha a caipirinha. Sem canalização adequada os sólidos e líquidos dos veranistas contaminam a água do mar. Praias localizadas em baías sem acesso ao mar aberto são mais propícias à contaminação.


Fotografia de João Felipe Garbers

O que fazer?
Tente evitar o banho de mar durante a temporada! "Mas como, Judith! É tão agradável!" Pois é, a virose não é! Diarreia e vômito causam desidratação. O corpo perde minerais e água que são necessários para a nossa sobrevivência. Desidratação é uma das maiores causas de morte no Brasil.

O que fazer em caso de contaminação?
Tente parar a diarreia e o vômito o mais rápido possível! Como? Eu sempre levo Afinatum Gel e Digeris Gel para praia e já tratei muitas viroses com esses dois produtos quânticos. Afinatum é um potente anti-viral e anti-bacteriano. Digeris normaliza as funções intestinais. Um dia não coma nada para acalmar o estômago. Fique em repouso e passe os quânticos de hora em hora no pulso ou na barriga. Toma muita água para repôr o líquido perdido e três vezes ao dia 10 gotas de Nutreger para repôr os minerais perdidos. Aos poucos introduça de novo comida leve tipo sopinha. Se a diarreia e o vômito persistem, procure um postinho de atendimento.

Conclusão:
Evite a contaminação preferindo a baixa temporada para banhos de mar. Fuja das praias muito badaladas porque também são as mais contaminadas. Se estiver contaminada, se trate o mais rápido possível.  Monte um "kit praia" contendo Afinatum Gel, Digeris Gel e Nutreger! Esses produtos também podem servir como prevenção. Como prevenção recomendo usá-los duas a três vezes ao dia. Desejo uma boa praia, muita paz e fiquem com saúde!

Monday, December 14, 2015

Traição: Como curar um coração rasgado?

Introdução:
Traição deixa marcas profundas e abala a nossa confiança no mundo. Só podemos ser traídos pelas pessoas mais íntimas, por pessoas que consideramos dignos de confiança: o cônjuge, o irmão, os pais, o namorado, os filhos, colegas de trabalho que viraram amigos. Ninguém vive sozinho. Somos seres sociais e precisamos de laços fortes com outros seres humanos para nos sentirmos seguros no mundo em qual vivemos. A "manada" nos protege. Se a agressão vem de fora do círculo íntimo, nós nos apoiamos nos "nossos", na família e nos amigos. O problema se agrava quando somos traidos pelas pessoas do nosso convívio íntimo. Como confiar de novo? Como esquecer da traição?" Se ela foi capaz daquilo, o que mais ela pode fazer?"



O que fazer com a dor e a desconfiança?
Tem casais que passaram por traição e decepção profunda, mas resolvem não separar. Na tentativa de deixar a traição no passado para salvar a família, o traído engole a dor. Porém, a dor reaparece assim que um gatilho lembra do acontecido. Se foi traída com uma loira alta, ver uma mulher com esse biótipo pode trazer a dor de volta. Se foi traído no ambiente de trabalho, qualquer comportamento estranho de um colega pode gerar desconfiança. A dor da traição precisa ser trabalhado em terapia junto com o acontecimento traumático. EMDR-J acessa as lembranças e sentimentos dolorosos e processa o que foi guardado. Assim o acontecimento fica no passado e a confiança se reestabelece. Gatilhos perdem o poder e relacionamentos podem ser curados. 

Conclusão:
Se você foi traído, trata a ferida para se livrar da dor e das lembranças dolorosas. Se a pessoa, que te machucou, mostra arrependimento verdadeiro e fica claro que foi um deslize que não vai se repetir, perdoa e continue conviver com a pessoa sem tocar mais no passado. Se a pessoa se mostra de má índole e fica visível que ela vai te trair de novo, perdoa o que aconteceu e se afasta da pessoa para não se machucar novamente.

Thursday, December 10, 2015

Como sobreviver algo tão terrível?

Introdução:
Abuso mata a "alma" da vítima. É uma invasão tão grande, que marca a vida toda da pessoa. Muitas prostitutas passaram por experiências de abuso, chegando na conclusão que o seu corpo só serve como objeto de prazer. Sem auto-estima, sem valor, somente útil para outros. Mulheres passando por abuso crescem com ódio de homens, ódio que homens fazem o que querem e saem impunes. A sociedade condena as vítimas, as responsabilizando pelo ocorrido. A vítima vive com culpa que não se defendeu e que não falou para ninguém.

Desenho da filha da paciente


Apresentação da paciente:
Quando a paciente (36 anos) me procurou, ela relatou que estava sofrendo de ataques de pânico, insônia crônica, preocupação exagerada com a sua família – em especial com a sua filha de 4 anos – e mudanças de humor fortes. Com 16 anos ela consultou um psiquiatra e se abriu sobre um abuso sofrido pelo avô. Nessa idade ela perdeu pela primeira vez o movimento das pernas, a fala ficou travada (miastenia) e ela teve várias crises convulsivas. Depois, seguiram-se várias tentativas de tratamentos psiquiátricos com medicação em doses máximas. O desejo de diminuir seu sofrimento resultou em duas tentativas de suicídio. Na terapia a paciente conseguiu verbalizar que foi molestada e ameaçada por quatro pessoas diferentes do seu convívio familiar. Apesar de falar na terapia sobre as suas lembranças traumáticas, os seus sintomas persistiram. A paciente perdeu a esperança de que uma terapia tradicional e remédios poderiam curá-la e foi em busca de um tratamento alternativo.

O tratamento com EMDR-J:
A paciente foi tratada com uma técnica chamada EMDR-J associada às essências vibracionais carreadoras de frequência (terapia quântica). Ela tomou Diátese III para acalmar os seus sintomas e eliminar as toxinas acumuladas pelos tratamentos com medicação alopática de forte efeito. Para ajudar a conscientizar e desmanchar os traumas de abuso, a paciente tomou Traumavit associado com Nutrissono, e Calmallis Gel, para ajudar com a dificuldade de dormir. O problema da miastenia foi tratado com Movimentum (frequênica semelhante a de músculo), Sinapsium (frequência semelhante a de nervo) e Dessensses (frequência semelhante a de enxofre, eficaz no tratamento de problemas auto-imunes) para normalizar a transmissão de nervo para músculo.
O tratamento com EMDR-J foi muito impactante. Através dessa abordagem psicológica a paciente acessou e trabalhou lembranças terríveis de abuso por quatro diferentes abusadores. Os abusos aconteceram por um período extenso entre a idade de 4 a 16 anos. Através do método terapêutico a paciente trabalhou tanto o pavor extremo, a culpa, o nojo, o ódio, o auto-desprezo e o temor pela sua vida como da sua família. A paciente relatou que um dos abusadores chegou ao extremo de amarrar suas mãos e seus pés, fechou a sua boca com um pano e a ameacou, passando uma faca no corpo dela, de matá-la e a sua família de noite, se ela falasse para alguém sobre o ocorrido. Ela sentiu um pavor extremo e ficou totalmente imobilizada.

Conclusões:
Mesmo enfrentando um tratamento psicológico muito impactante, sendo confrontada com as suas piores lembranças, a paciente não perdeu o movimento das pernas e da fala durante o tratamento. Ela se equilibrou cada semana mais, venceu o desejo de terminar a sua vida e começou a se encantar com coisas pequenas. O tratamento foi muito sofrido, mas com a ajuda da terapia quântica, a paciente conseguiu manter o equilíbrio emocional e físico durante o processo doloroso da terapia.

Referências:
SHAPIRO,F.: EMDR- Grundlagen und Praxis. Paderborn:Junfermann, 1998.
GERBER,R.: Medicina vibracional.São Paulo:Cultrix, 2002.
VARELLA,D.:Miastenia. http://drauziovarella.com.br/letras/m/miastenia-2/



Sunday, December 6, 2015

O avião vai caiiiiiiirrrrrrrrrrr ..... !

Introdução:
As férias do final do ano estão se aproximando. Fora do dólar alto e falta de condições financeiras, existe um problema de ordem psicossomática que impede muitas pessoas a passar as férias no exterior: medo de voar de avião. Executivos racionais, que "matam um leão" por dia, suam frio, sofrem com falta de ar, tremor, palpitações, ânsia de vômito com o mero pensar em embarcar num avião. Donas de casa, que domam o caos caseiro com muita rotina, ficam pálidas e tontas em vez de aproveitar as férias merecidas. O pânico parece incontrolável e o mico é grande. O que fazer?

Fotografia de Jörg Garbers


Terapia tradicional:
Na terapia tradicional a pessoa que sofre com fobias aprende respirar fundo, se distrair e pensar positivo.

Terapia medicamentosa:
A maioria das pessoas atingidas recorre ao uso de ansiolíticos e calmantes. Dependente do remédio para encarar a viagem, a pessoa fica dopada e não aprende se livrar do medo.

Terapia com EMDR-J:
Tratando o medo de voar de avião com EMDR-J, a terapêuta começa com uma anamnese detalhada. Normalmente o paciente já passou por uma experiência traumática: um vôo muito turbulento, uma viagem sob muita tensão nervosa, uma viagem para um país muito distante sem apoio emocional. Essas experiências traumáticas precisam ser processadas adequadamente. Frequentemente junta à experiência traumática medo de perder o controle, desencadeado por experiências de briga ou violência na infância. Se tiver traumas de infância, é essencial que sejam trabalhados primeiro. Esses traumas são o pano de fundo da fobia e o medo de voar somente é a ponta do iceberg.

Procedimento terapêutico
Para tratar os traumas da infância a terapêuta leva o paciente de volta para a sua infância e aplica movimentos bilaterais para estimular o processamento. Como num Google colocando "brigas dos pais" como palavra chave, o paciente lembra das cenas que o marcaram e as processa junto com os sentimentos de medo e impotência. Nesse momento também aparecem as sensações físicas associadas com as lembranças. Com cada repetição da cena traumática a imagem fica mais distante e menos perturbador até que o trauma está superado e não tem mais carga emocional. Depois a terapêuta aborda do mesmo jeito a experiência traumática no avião, lembrando por exemplo um vôo muito turbulento num avião menor indo para São Paulo. Quando essa lembrança é trabalhada, a terapêuta pede para o paciente qual seria o pior cenário de vôo e trabalha essa cena com o paciente. A terapêuta não pede para a paciente se acalmar ou ensina técnicas de respiração. Técnicas de respiração não tiram o medo. O medo oscila e como o medo é uma sensação muito poderosa, sempre de novo se impõe. O vôo virá cansativo, um pesadelo. Se o medo é levado ao extremo, o corpo aciona um sistema de auto-regulagem e o link entre medo e voar de avião é deletado. A paciente aprende a se entregar ao incontrolável e relaxar diante da impossibilidade de controle. 

Conclusão:
Tratando a fobia de voar de avião com EMDR-J, o paciente aborda as questões que levaram à fobia e aprende desfazer o link entre medo e voar de avião sem precisar mais de ansiolíticos ou controlar o medo. 


Wednesday, December 2, 2015

Estou estressada, mas estou muito calma!!

Introdução:
Estressada, mas muito calma .... ? Mas como? A maioria das pessoas não tem consciência do seu nível de stress. Uma paciente minha de trinta e três anos me procurou por indicação da sua nutróloga por causa de cortisol altíssimo. Cortisol é um hormônio de stress. A paciente me disse que não entendia porquê a nutróloga a mandou para mim. Ela disse que não tinha trauma, nem estava estressada. Ao contrário, a paciente afirmou que estava tranquila e serena. Ela contou que passou por um período terrível de dois anos, mas agora tudo estava tranquilo e sob controle. Como então explicar o cortisol altíssimo? Um valor de cortisol tão alto que a nutróloga a advertiu que poderia infartar ou sofrer um AVC em qualquer momento.



Às vezes o corpo se perde:
Em momentos de stress o organismo sai do eixo, meio se perde, e nem sempre volta a normal quando tudo normaliza. Todos os nossos órgãos tem uma frequência saudável e quando saem da frequência o órgão adoece. "Frequência? Isso soa muito estranho!" Vou explicar melhor ... O coração tem frequência? Sim. Dá para medir no eletrocardiograma. Certo. O cerébro tem frequência? Claro, se mede no encefalograma. Pois é ... músculo também tem frequência que se mede no eletromyograma. Todos os órgãos tem frequência e correm o perigo sair da frequência certa como um radinho que chia e não está na estação certa. 

O que fazer?
A Fisioquantic inventou produtos que trabalham com indutores de frequência. Tomando as gotinhas ou passando o gel, o corpo recebe a informação da frequência correta para reequilibrar o órgão. No caso da minha paciente com cortisol alto, ela precisava G.HADRENA para fazer as glândulas adrenais voltar a normal. O que mais? Tratei a paciente com CENTRALIS e TRAUMAVIT para equilibrar o seu emocional. O período dos dois anos, em qual a paciente perdeu os dois pais, separou e teve que assumir a empresa familiar no susto, eu tratei com EMDR-J. Os traumas foram acessados e processados até perder toda carga emocional e as lembranças ficaram distantes.

Conclusão:
A paciente conseguiu em apenas três meses de tratamento com EMDR-J e Medicina quântica baixar o cortisol de forma surpreendente, se sentindo livre do passado e muito aliviada.